domingo, 4 de julho de 2010

OFERECER

Quem, quem sou eu para entristecer?
Diante de minha família e sorte
Diante de meus amigos e minha casa

Quem, quem sou eu para me sentir sem vida?
Quem sou eu para me sentir esgotada?
Diante de minha saúde e meu dinheiro

E onde, aonde eu vou para me sentir bem?
Por que eu ainda procuro externamente?
Quando está claro que isso não funcionará

É minha virtude continuar quando não sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente preocupada com os outros?
Minha generosidade me desabilitou por
esse meu senso de tarefa a oferecer

E por que, por que eu me sinto tão ingrata?
Eu que estou muito além de apenas sobreviver
Eu que vejo a vida como uma ostra

É minha virtude continuar quando não sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente preocupada com os outros?
Minha generosidade me desabilitou por
esse meu senso de tarefa a oferecer

E como, como ouso descansar em minha glória
Como ouso ignorar uma mão estendida?
Como ouso ignorar os países de terceiro mundo?

É minha virtude continuar quando não sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente preocupada com os outros?
Minha generosidade me desabilitou por
esse meu senso de tarefa a oferecer

Quem, quem sou eu para entristecer?
ALANIS MORISSETT

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